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Na tradição indiana, Tantra é um termo amplo, aplicável a qualquer teoria, método, técnica, prática ou instrumento sistematicamente aplicável. Mas nos remete ao conhecimento propagado por estudiosos da espiritualidade que mesclaram, ao longo da História, diversas culturas, correntes filosóficas e religiosas como o Yoga, o Vedanta, o Budismo, o Taoismo, o Hinduísmo, dentre outras.

Na cultura ocidental, os ensinamentos tântricos se popularizaram a partir dos anos 60 e 70, adaptando-se a correntes terapêuticas alternativas modernas como a Bioenergética, a Pulsação, o Renascimento, bem como as práticas meditativas do mestre Osho.

A interpretação contemporânea do Tantra, amplamente dissipada pelo mestre indiano, é a mais fiel aos métodos das meditações tântricas originais. No entanto, é a mais combatida pelo conservadorismo e pela sociedade, dada a proposição de quebra de paradigmas e da liberdade sexual.

Há de se ressaltar que mesmo em seu berço, como no Tibet e na Índia, existe a aplicação moralmente falida do Tantra. Charlatães, falsos gurus e mestres fajutos promovem a prática distorcida de encontros sexualizados de forma organizada sob falso pretexto de prática tântrica. Os ensinamentos caíram em descrédito mesmo lá, às custas do uso indiscriminado de alguns dos fundamentos de sua base, simplesmente para a prática de sexo livre e superficial.

O Tantra original oferece uma visão orgânica e panorâmica, que permite aos adeptos uma interação com outros organismos e sistemas de vida multi e pluridimensionais. O ponto-chave da conexão vital com outras formas de vida estão em descargas elétricas neurológicas e musculares, que liberam imensas quantidades de energia, provocando distensão da mente e a expansão da consciência. O mesmo mecanismo ocorre durante o orgasmo que todos conhecemos, mas em proporções infinitamente menores.

A experiência tântrica e o seu desenvolvimento ao longo da vida permite aos praticantes a expansão dos seus limites, a eliminação de condicionamentos repressores, negativos, castradores, até que se atinja uma autopercepção em integração com o mundo, com os elementos da natureza, proporcionando estados de felicidade plena.

Desconstruir nossa sexualidade limitadora, em que a união dos genitais e as descargas orgásticas são um objetivo a ser alcançado, amplia nossa percepção e nos provê um novo e transcendental entendimento da união das energias do feminino e do masculino (que nada têm a ver com gênero). Trata-se de uma conexão com o viver e com a fonte da vida, acessíveis a qualquer pessoa, pois não há distinções no Tantra. Não se pratica austeridade ou isolamento. Ao contrário, o Tantra é social, não há paramentos litúrgicos ou rituais.

O Tantra exige pouco de quem o pratica. Além da própria simplicidade e humildade, demanda entrega, confiança, relaxamento, compaixão e amor, para que se atinja o estado da supraconsciência e as experiências decorrentes deste alcance. Ele proporciona ao praticante a oportunidade de ampliação da sua percepção de mundo, independente de sua cultura, formação ou crença.

O âmago destes conhecimentos pertence em nossa natureza original, nosso estado primal e iluminado, nosso potencial inerente. Mas foram reprimidos ao longo de nossas vidas por condicionamentos sociais e morais, por temores e crenças. O Tantra nos leva ao nosso estado primordial, que sempre esteve lá: não precisou ser construído ou merecido, apenas praticado com a sabedoria que constrói a natureza e permeia o universo.

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Por que o Tantra é tão importante para a mulher?

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