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Por longos períodos da História, o prazer feminino era relegado ao segundo plano e até mesmo reprimido por não estar diretamente vinculado à reprodução. A aceitação do orgasmo da mulher só veio muito depois. A repressão social e a reprovação moral fazia com que mulheres que atingissem o orgasmo na ausência de um pretenso “amor masculino” eram vistas como ordinárias, ninfomaníacas ou prostitutas.

A civilização moderna, quase sempre machista e paternalista, incumbiu ao homem a tarefa de guiar a mulher em sua iniciação sexual e na exploração do prazer. Obviamente, grande parte das mulheres se frustra ao perceber que o homem médio tem pouco ou nenhum conhecimento a respeito do corpo feminino e da ampla gama de estímulos que o levem ao prazer extremo e posteriormente ao orgasmo.

Mesmo na busca de sua própria sexualidade, as mulheres muitas vezes são reprimidas na exploração de seu próprio corpo. A masturbação feminina foi, durante muito tempo, um tabu, sempre desestimulada. Por isso, muitas vezes a experiência solitária das mulheres torna-se limitada, ansiosa, limitada, tênue e empobrecida.

Tanto homens quanto mulheres desconhecem os reflexos que respondem a estímulos de prazer, como se manifestam no corpo e no psiquismo feminino. Sequer conhecem a anatomia da mulher e a amplitude das zonas erógenas.

O simples ato de olhar e explorar sua própria vagina é comumente relegado pelas mulheres. Há glândulas (de Skene e de Bartholin) adjacentes aos grandes lábios que, se estimuladas consciente e intencionalmente, produzem bastante excitação e lubrificação. Mas homens e mulheres não exploram o corpo feminino e seu potencial orgástico é pouco desfrutado.

Se ao longo do tempo as mulheres foram desencorajadas a descobrirem e explorarem seu corpo e as formas de obter o prazer por meio dele, este papel ficou nas mãos dos homens. Estes acabaram produzindo uma das principais referências sexuais de “aprendizado” ou de dissipação de um modelo ideal de prazer sexual: a pornografia. Um grande desserviço para todos, independente de julgamentos morais.

Imagens e situações descoladas da realidade, ignorando as necessidades humanas vinculadas ao desejo sexual e ao prazer, como dignidade, respeito e afeição. Na pornografia, as mulheres são, via de regra, ofendidas, violentadas, ultrajadas e difamadas. O prazer é supostamente sinônimo de penetração. O prazer feminino é ignorado ou fantasiado: praticamente não há a reprodução de situações reais de estimulação da mulher para seu prazer e orgasmo. O ato acaba na ejaculação masculina. Isso diz muito sobre nosso modelo padrão de sexualidade.

Sexo e prazer, como nos é ensinado e praticamente imposto, são quase que sinônimos de penetração e ejaculação. Isto é muito limitador. O Tantra vem para quebrar este paradigma. Explorar todos os sentidos, o afeto, a doação, a intimidade, o respeito mútuo, a afetividade e o cuidado, de forma integrada ao prazer físico, abre um imenso leque de oportunidades, experiências e sensações no que diz respeito à energia sexual.

A prática do Tantra ensina desfrutar e compartilhar essa energia sexual com maior amplitude, inclusive de intensidade, quando lançamos mão dos sentidos e da intimidade, promovendo diferentes estados de percepção sensorial e inclusive de consciência, potencializando os orgasmos, o êxtase e os níveis de prazer deles decorrentes.

Em nosso tratamento terapêutico, as mulheres que desejam aperfeiçoar e aprender mais sobre o melhor uso e a exploração de sua energia sexual são ensinadas a se tornarem receptivas e perceptivas a seu próprio prazer, e não mais se perceberem como mero elemento coadjuvante do prazer sexual masculino. Este aprendizado gera um ganho individual e pessoal, para a própria mulher, mas também em sua vida sexual como casal.

Nosso objetivo, do Espaço Tantra, não é promover libertinagem e sexo livre. Ao contrário: fornecemos, às mulheres e casais que passam por nossas terapêuticas ou cursos, as ferramentas necessárias para que possam se libertar individualmente, por si só, das amarras limitadoras do prazer sexual aprendido em nosso modelo social.

Meu mergulho inicial nos estudos do Tantra se deram por interesse pessoal. Mas as respostas recebidas das mulheres no início de minhas práticas tântricas foi um grande estímulo para que pudesse ampliar o conhecimento aprendido e as experiências possíveis a um número maior de pessoas, inclusive às que estão fora do meio, por meio do Espaço Tantra. Ao aplicar as massagens tântricas, recebi inúmeros feedbacks sobre o alcance de diferentes patamares de energia sexual, sensações jamais antes experimentadas com tamanha intensidade e consciência, quebras de paradigmas pessoais e rupturas com experiências prévias traumáticas, além de novas concepções de prazer através do orgasmo expandido.

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